Out. 21. 2024
No Dia Internacional da Ação sobre Biomassa em Grande Escala recordamos a participação do Centro PINUS em documentário.
“Como se pode chamar renovável a um recurso que precisa de meio século para se repor?” A pergunta é colocada por João Gonçalves, presidente da Direção do Centro PINUS, no documentário “Do pinhal à central” que apresenta os impactos da queima de madeira para fins energéticos e desconstrói o mito da energia “verde” e “limpa”, associada ao consumo de pellets em centrais termoelétricas europeias.
O vídeo expõe os resultados de vários anos de investigação da ZERO e da Biofuelwatch sobre a intensa pressão sobre os recursos florestais em nome das energias renováveis.
As filmagens acompanham o percurso de troncos provenientes de cortes em pinhais da região Centro tendo como destino final várias unidades de produção de pellets, que por sua vez os exportam para centrais termoelétricas em toda a Europa. Nessas fábricas de pellets, imagens de drone mostram extensas pilhas de toros de pinho que serão triturados e transformados em pellets, juntamente com madeira proveniente de desbastes em pinhal e, ainda, subprodutos de serrações, como estilha, serrim e casca.
Em 2023, 24% do consumo de madeira de pinho foi para queima, de acordo com a mais recente edição de Indicadores da Fileira do Pinho publicada pelo Centro PINUS e disponível aqui.
Qual o custo de queimar madeira e de desperdiçar recursos florestais que poderiam continuar a armazenar carbono?
O vídeo inclui também depoimentos de Susana Carneiro, Diretora Executiva do Centro PINUS, que recorda como estas fábricas de pellets têm sido construídas com financiamento do erário público e que não operam apenas com resíduos florestais como é alegado.
As políticas que definem os incentivos à produção de energia a partir de biomassa assumem que a queima de madeira é neutra em carbono, argumento já amplamente refutado pela comunidade científica.
Assista aqui ao documentário e compartilhe. Leia ainda o artigo de opinião de João Gonçalves publicado no Público "Madeira porquê queimar quando a podemos valorizar"?
Consulte neste link o Barómetro Anual 23/24 sobre a Indústria dos Pellets publicado pela ZERO.
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